Karate significa “o caminho da mão aberta, ou mãos vazias”; É uma disciplina baseada na nobreza na defesa frente ao outro, no jogo honesto. Não se esconde nenhuma arma. As mãos do karateca estão abertas, limpas e à vista do adversário.
Aquele que pratica o “karate mental” não usa atitudes primitivas, nem a reatividade, nem instintos violentos como o ódio, a vingança e o rancor. Usa apenas aquilo que há de mais maravilhoso e especial: a sua própria mente. Usa-a para se conhecer a si mesmo e aos seus sentimentos – e também para ter consciência de quem é o seu adversário, compreender o que sente e porque razão reage de determinada maneira.
Como diz a expressão latina, malum solum esse insipientem (o mal só é mal porque não sabe), ou seja, o karateca tem de ser firme na essência e suave nas formas. Com essa suavidade nas formas, ensina novos modos ao adversário, conduzindo-o ao seu próprio território de calma e autocontrolo e pode até ajudá-lo a crescer como pessoa.
Fonte: Livro ‘Karate Mental’, Bernabé Tierno.

